Olá, tudo bem?

Um destes dias, fui surpreendida, enquanto caminhava em direcção à reprografia, pela presença de um amigo que já não via há imenso tempo.

Uma conversa de reconhecimento de factos era inevitável. A verdade é que ficamos ali parados no passeio cerca de meia hora, em pé, a falar.
A primeira coisa que fiz quando vi essa pessoa foi dizer, de forma entusiástica: olá Paulo, entãaao tudo bem?

Até aqui nada de estranho...

Estranho foi que, a partir daqui, nunca mais parei de dizer esta frase. Foram passando pessoas conhecidas por nós e a única coisa que ambos diziamos a essas pessoas era: olá, tudo bem? ou: Então, tudo bem?
Ok! Pensei eu... pelo menos não sou a única a fazê-lo.
Mas, desde então, tenho reparado que invariavelmente, repito esta frase aí umas cem vezes por dia. É que é mesmo a primeira coisa que nos vem à cabeça... dizemos isto a amigos, colegas, familiares, empregados do café onde costumamos ir,..., nem sequer estamos preocupados com a pergunta em si. Queremos lá saber se o outro está bem. Quando perguntamos se está tudo bem, não estamos à espera que nos descarreguem as mágoas e as angustias para cima.

E assim acontece...