Mãos frias

O Inverno chegou de rompante, sem pedir licença e a cuspir para o chão. Que badalhoco! Sinto-me intimidada, enojada e com frio. Isto de estar o dia todo parada, toda encolhida e com a mãozinha de fora a conduzir um rato, que passa o dia a fazer click, clik, tem as suas desvantagens. Tem sim sr.. Nem sequer consigo ter um diálogo que dure mais de 2 minutos com este..., esta coisa, acreditam nisto?! Egocêntrico. Deve achar que sem ele não faço nada. Sacana! Ainda por cima ouvi dizer que anda metido com a coluna do lado direito, para verem como ele é.

Neste momento nem sinto as mãos. Mas este é também um mal antigo, que por vezes me deixa constrangida. Ser friorenta não é um defeito, mas também não é propriamente uma qualidade. Sou friorenta e ando sempre com as extremidades frias. Por vezes é desagradável receber alguém com um sorriso carinhoso e um aperto de mão gélido. Ou um beijo escaldante e um nariz que dá choque assim que toca nalguma coisa. Ou estar na cama com alguém e não poder praticar o amor como bem merecemos, só porque nos congelam as ideias só de pensar em despir qualquer peça de roupa. E não me venham com estratégias e posições minimalistas porque isso também não é bom prá coluna. O melhor mesmo é adoptar um período de abstinência, que pode e deve coincidir com os meses de inverno mais rigorosos. Ou então, ir procurar lentes de contacto em frente à lareira e nos entretantos,... Pimba! E Pimba outra vez! Pimba até acabar a lenha!
Pois, são ideias.

Entretanto sugeriram-me uma coisa engraçada, que deve dar um efeito pujante quando toda eu estiver gelada e a precisar de aquecimento. Imagino a capa do 24 horas no dia seguinte: "Autora do blog da mikas fractura crânio após queda aparatosa de cima de um rato"